sábado, 7 de abril de 2018

José Rainha conclama militância e fala em 'guerra civil' Líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade diz que a 'guerra pode começar com um tiro, mas não se sabe com quantos pode acabar', referindo-se a uma militante do MST que foi baleada durante bloqueio de rodovia

José Maria Tomazela, O Estado de S.Paulo
06 Abril 2018 | 14h49
José Rainha Júnior
José Rainha Júnior Foto: André Dusek/Estadão
SOROCABA - Após divulgar uma nota de solidariedade ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha Júnior, disse que a prisão de Lula por ordem do juiz Sérgio Moro pode levar a uma guerra civil. "A guerra pode começar com um tiro, mas não se sabe com quantos pode acabar", afirmou, referindo-se à militante do MST, Lindalva Pereira de Lima Filha, baleada durante bloqueio de rodovia, na manhã desta sexta-feira, 6, em Alhandra, na Paraíba.

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Rainha Júnior, que já foi uma das principais lideranças do MST e acabou excluído do movimento após ser preso, acusado de desvio de recursos da reforma agrária, disse que vai mobilizar oito mil seguidores para defender Lula. "Eu já havia alertado que a prisão do Lula poderia incendiar o País. Estamos mobilizados nas ruas e praças para defender o direito de nossa liderança que dedicou toda sua vida pela liberdade e justiça social no País. Nosso pessoal está pronto, só esperando a hora certa de entrar em ação."
Segundo ele, o que está em jogo é a Constituição, que foi rasgada. "Só falta o Moro decretar a pena de morte. Ele e a extrema direita estão levando o País a um enfrentamento que pode nos levar à guerra civil." O líder dos sem-terra contou ter enviado uma carta ao ex-presidente manifestando solidariedade. "Eu sei o que é isso, fui preso 13 vezes e condenado a mais de 30 anos de prisão. Tudo isso só me fez mais forte."
Na carta, Rainha lembrou ter recebido uma mensagem escrita por Lula quando estava na cadeia, em 2011, em que o ex-presidente dizia ao "companheiro" que "a vida sempre nos apronta algo que a gente não espera". "Agora ele enfrenta essa situação e precisa ser forte. E o Judiciário precisa ter juízo. Prender o Lula é chamar para um enfrentamento desnecessário", disse. 
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